Ainda falta um ano para a Copa das Confederações, a principal prévia do aguardado Mundial de 2014. Mas os estados nordestinos já estão empenhados em eliminar os gargalos da malha aérea, que ameaçam o desenvolvimento de uma das maiores atividades econômicas da região: o turismo. Nesta terça-feira (10), gestores dos nove estados estiveram reunidos na Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), no Recife, a fim de traçar estratégias de fortalecimento do trade turístico. O encontro foi uma iniciativa da Comissão de Turismo Integrado do Nordeste (CTI-NE).
“O turismo é um importante vetor de desenvolvimento regional e a ideia é constituir parcerias com as companhias aéreas que viabilizem sustentação econômica para vários roteiros, de pequeno, médio ou grande porte”, explica Roberto Pereira, secretário executivo da fundação CTI-NE.
Entre as principais queixas estão falta de infraestrutura nos aeroportos e opções de horários entre cidades próximas, voos muito longos (com escalas e conexões), custo da tarifa aeroportuária, preço dos combustíveis da aviação e valor cobrado pelos bilhetes.
A ideia é fixar metas, ainda sem um cronograma definido, que possibilitem melhorias na malha aérea regional. No próximo dia 24, uma nova reunião está agendada na pauta da Sudene, desta vez com possibilidade de participação de representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC-PR).
Na opinião do secretário de turismo de Pernambuco, Alberto Feitosa, as soluções podem começar, inicialmente, pela melhoria na infraestrutura dos aeroportos e descentralização de roteiros. “É preciso desenvolver uma nova plataforma para a adaptação de aeroportos e oferta de aeronaves de pequeno porte, para o transporte de passageiros e cargas. Existe um fluxo muito grande para destinos de menor porte, porém não menos importantes que as capitais.”
A questão tributária também foi tratada na reunião, uma vez que alguns estados defendem a redução, pelos governos locais, do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado das companhias sobre o combustível (querosene) dos aviões, como já ocorre na Bahia. Lá, segundo Fernando Ferrero, diretor de relações nacionais da Secretaria do Turismo (Bahiatursa), aeronaves que transportam até 120 passageiros para destinos no interior do estado ganham uma redução da alíquota do ICMS.
“O decreto que institui esta redução foi criado em 2010, com o ICMS sendo reduzido entre 18% a 4%, dependendo da quantidade de voos para estes destinos. As parcerias foram criadas com as companhias Azul/Trip e Passaredo. Mas o ideal é que outras empresas tenham iniciativas como esta para fortalecer o turismo no Nordeste”, disse Ferrero.
Fonte: Diário de PE
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