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quarta-feira, 4 de julho de 2012

[NOTÍCIA] Faltam profissionais e mineração paga até R$ 50 mil


Mineração cresce na esteira do preço das commodities e salários ficam inflacionados
(Foto: Luiz Claudio Marigo/Vale)

De um lado, a falta de profissionais capacitados. Do outro, os altos salários para quem consegue se estabelecer no setor. Esse cenário não é um problema só para a construção civil ou as indústrias de óleo & gás e tecnologia. Aquecida pelo preço das commodities – especialmente do ouro, ferro e cobre –, a mineração começa a sofrer o mesmo mal.
Faltam engenheiros, mas não só eles. Psicólogos, economistas, administradores de empresas, médicos do trabalho, geólogos e até mesmo especialistas em recrutamento são um bem escasso. Com isso, os salários no setor subiram e, hoje, são de encher os olhos. É possível ganhar desde R$ 5 mil, em uma vaga mais técnica, até R$ 50 mil, em cargos de alto escalão.
“Dificilmente você contrata um técnico por menos de R$ 5 mil, atualmente. Nos últimos dois anos, os salários aumentaram, em média, 30% em todos os níveis. Antes disso, um cargo deste porte começaria em R$ 3 mil”, diz Fernando Guedes, sócio-gerente da Asap, consultoria de recrutamento de média gerência.
Nada estranho para uma indústria com números tão expressivos. Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o setor será responsável por aportes de aproximadamente US$ 75 bilhões entre 2012 e 2016. Como base de comparação, de 2007 a 2011, foram investidos US$ 32 bilhões (menos que a metade).
Nos quadros de funcionários ligados a mineração, os números também impressionam – só que negativamente. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Brasil é um dos países que menos forma engenheiros. São apenas 30 mil por ano – para falar apenas da principal formação exigida pelo setor. Países como Rússia e Índia formam mais de 110 mil profissionais anualmente. A China, por sua vez, entrega ao mercado cerca de 300 mil (dez vezes o número brasileiro).
Para resolver o impasse, as companhias têm adotado diferentes estratégias. O investimento em programas de treinee e estágio ainda é a melhor saída na hora de preencher os postos mais técnicos. Ao investir na base, a empresa resolve internamente a demanda por meio do chamado efeito cascata (a promoção).
Outra tática já esgotada foi a de roubar funcionários da siderurgia. Enquanto a mineração vive seu período de ouro no Brasil, a siderurgia sofria com a competição chinesa. Com isso, houve um enxugamento dessa indústria. “Quem tinha que sair já saiu”, avalia Guedes. No caso de postos de suporte à atividade, disponíveis em áreas de recursos humanos ou saúde, buscar profissionais em outros mercados tem sido a melhor opção.
A falta de mão de obra gabaritada no Brasil faz ainda com que as empresas tenham de importar profissionais para conseguir crescer. Eles vêm do Canadá, Austrália e, principalmente, do Chile. Os números oficiais de empregados com carteira assinada, contudo, é baixo. Por causa das leis trabalhistas, os estrangeiros integram as equipes como consultores, por meio de contratos de prestação de serviços.
E, como toda crise oferece uma oportunidade, empresas de recrutamento especializadas na indústria têm oferecido programas de capacitação. Os cursos podem ser contratados tanto por mineradoras com dificuldade em preencher vagas, quanto por profissionais que querem atuar no segmento.
“O setor deve oferecer aproximadamente 150 mil vagas de emprego até 2015, concentradas principalmente nos estados do Pará, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Maranhão”, estima Denise Retamal, diretora executiva da RHIO’S, consultoria especializada nas indústrias de mineração, petróleo & gás, energia e construção civil.
Confira, abaixo, as principais oportunidades neste mercado.

Áreas 
Formação/Capacitação 
Salários

Geologia de Exploração Mineral 
geólogo de exploração mineral 
R$ 5 mil a R$ 8 mil

Engenharia de Planejamento de Minas à Céu-Aberto ou Subterrânea 
engenheiro de minas especialista em planejamento de mina: a céu-aberto ou subterrânea 
R$ 5 mil a R$ 8 mil

Engenharia de Processamento Mineral 
engenheiro metalúrgico, de materiais e de metalurgia ou de processos especialista em plantas de processamento mineral 
R$ 5 mil a R$ 8 mil

Engenharia de Mecânica de Rochas 
engenheiro de minas ou geólogo especialista em sistemas sísmicos 
R$ 5 mil a R$ 8 mil

Gestão de Custos e de Captação de Recursos 
economista ou administrador de empresas especialista em custos e captação de investimentos na mineração 
R$ 5 mil a R$ 8 mil

Gestão de Recursos Humanos 
psicólogo, economista, administrador de empresas especialista em Recrutamento e Seleção para a indústria de mineração 
R$ 15 mil a R$ 20 mil

Engenharia de Segurança 
engenheiro mecânicos, elétrico, civil (ou com outra especialização) 
R$ 7 mil a R$ 16 mil

Engenharia do Meio Ambiente 
engenheiro mecânicos, elétrico, civil (ou com outra especialização) 
R$ 8 mil a R$ 14 mil

Medicina do Trabalho 
clínicos gerais com cursos específicos para medicina do trabalho 
R$ 10 mil a R$ 20 mil

Gestão de Projetos de Exploração Mineral 
engenheiro de minas ou geólogo especialista em avaliação de áreas e em campanhas de pesquisa mineral 
R$ 25 mil a R$ 50 mil

Gestão de Implantação de Projetos de Mineração 
engenheiro de minas especialista na construção e colocação, em operação, de Projetos de Extração Mineral 
R$ 25 mil a R$ 50 mil

Fontes: RHIO’S e Asap

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