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quarta-feira, 13 de abril de 2011

[NOTÍCIA] Carretas paradas na Refinaria Abreu e Lima

Embora as atividades tenham sido retomadas na Refinaria Abreu e Lima (Rnest) desde o dia 29 de março, com o fim da greve dos trabalhadores, os empecilhos continuam. Agora, com o carregamento de tubos que serão usados nas obras do empreendimento. Os veículos estão parados esperando o descarregamento há mais de 20 dias. São 14 carretas, cada uma carregada com cerca de 30 toneladas de tubos. O problema é que há motoristas com famílias e não existem mínimas condições de permanência - cerca de 25 pessoas, incluindo crianças e mulheres, que estão dormindo nos caminhões parados no pátio da portaria dois da Rnest.

Os motoristas dizem que o único banheiro, que atende à portaria, fecha às 18h, e que eles só têm permissão para banho após as 20h. As diárias não foram pagas pelas empresas e, por isso, as cargas continuam nas carretas. “Va­mos ficar aqui até descarregar toda a mercadoria e garantir o pagamento das diárias”, assegurou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Autônomos de Cargas (Sinditac), Jorge Flores.

Das 14 carretas, 11 estão a serviço da transportadora B Terra (São Paulo) e as demais são da Transporte Sim (Minas), Transdata (São Paulo) e CRC (Barra Mansa, Rio). Segundo o presidente do Sindicat, os motoristas são trabalhadores autônomos, contratados dessas empresas. “Eu trabalho por comissão e, parado, fico sem ganhar”, disse o motorista José Batista, que está parado ali desde o dia 19 de março. Segundo os cálculos de Jorge Flores, 12% do valor do frete (que nesse caso chega a R$ 30 mil por carreta) é destinado aos pagamento dos motoristas. “Pelos cálculos, a diária fica por R$ 720. Fizemos acordo e o valor ficaria em R$ 550 e, mesmo assim, não pagaram ainda”, protestou. Ele afirmou que vai pedir a presença da Vigilância Sanitária e dos Direitos Humanos para verificar as condições do local.

Procurada, a dona da B Ter­­ra, Elizabeth Rodrigues, informou que o depósito se­ria fei­to na segunda-feira, o que não aconteceu por problemas bancários. “Íamos depositar o pagamento anteontem, mas os trabalhadores resolveram aumentar o valor da diária de R$ 550 para R$ 670”, rebateu a empresária. Segundo Elizabeth, as carretas deveriam ter sido descarregadas desde o fim da greve, o que não foi feito por causa da intervenção do Sinditac. “Eles terão que ar­car com as diárias (dos dias após o fim da greve)”, observou. Ela assegurou que hoje, por volta das 10h, um representante da empresa irá até o local para negociar com os motoristas e efetuar os pagamentos. Procurada, a Petrobras, responsável pela Rnest, preferiu não se pronunciar sobre o assunto.

Da Folha de Pernambuco

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