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quarta-feira, 20 de junho de 2012

[NOTÍCIA] CONCLUÍDA DRAGAGEM HISTÓRICA DO PORTO DO RECIFE


Esperada desde o início dos anos 90, finalmente foi totalmente concluída a dragagem do Porto do Recife, o que representa o primeiro passo para a estatal voltar a movimentar mais carga. “A profundidade média da área de atracação do cais ficou em 12 metros. Antes da dragagem, variava de 7 a 9 metros”, diz o diretor comercial e de operações da estatal, Sidnei Aires. Na última terça-feira, o Porto encaminhou o resultado da batimetria final – documento que atesta o resultado da dragagem – para a Capitania dos Portos. Essas informações serão analisadas pela Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) da Marinha do Brasil, que emite uma carta náutica, indicando, oficialmente, a profundidade da área de atracação do cais.
“A expectativa é que a validação da Marinha ocorra no prazo de 60 a 90 dias”, comenta Aires, acrescentando que a estatal está entrando em contato com os armadores para que mais navios façam escala no Porto no segundo semestre. A dragagem custou R$ 21 milhões, pagos pelo Estado.
“É bom esperar a batimetria. No entanto, só a conclusão da dragagem já traz a expectativa de movimentar mais 20% em fertilizantes e a retomada da movimentação do coque de petróleo no Porto do Recife, além de aumentar a cabotagem”, afirma o presidente do Sindicato das Agência Marítimas de Pernambuco, Ricardo Luiz Von Sohsten. Cabotagem é a navegação entre os portos brasileiros.
Outro operador que está animado com a conclusão da dragagem é o gerente regional da Rodrimar, Fábio Saboya. A empresa está trazendo outro guindaste do Porto de Santos para operar no Recife e investiu cerca de R$ 20 milhões para operar contêineres na estatal recifense, o que ocorreu em outubro do ano passado.
Segundo Saboya, o Recife será incluído na rota dos grandes armadores. “E aí as cargas serão divididas pelo mapa rodoviário. As empresas que têm armazéns próximos ao Recife vão preferir que a carga desembarque na capital. E as que tiverem as centrais de armazenamento no Sul, vão para Suape”, diz. Ele argumenta que hoje a grande rota de navios no Nordeste é Pecém (no Ceará), Suape e Salvador (Bahia).
A limitação da profundidade da área de atracação do cais fez o Porto do Recife perder cargas. Mas a dragagem da estatal se transformou numa verdadeira novela. A última tentativa foi realizada em 2009, mas faltou retirar uma pedra no canal de acesso à área de atracação, o que não estava contemplado na contratação do serviço. “Na dragagem anterior, passaram um ano para fazer a batimetria e aí quando saiu o resultado (da batimetria) a área de atracação já estava assoreada”, lembra Ricardo.
O Porto do Recife precisa de dragagem constantemente devido à sua posição geográfica: ele recebe a lama e detritos dos Rios Capibaribe e Beberibe, o que contribui para o assoreamento na área de atracação do cais. “Até o começo dos anos 90, o Porto tinha uma draga chamada Brasília que fazia o serviço constantemente”, recorda Ricardo.
Fonte: http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/economia/noticia/2012/05/24/concluida-dragagem-historica-do-porto-do-recife-43128.php

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