Cerca de 1,5 mil trabalhadores da construtora Odebrecht, na sua maioria pedreiros, carpinteiros, armadores e operadores de máquinas, que prestam serviço na construção da Arena Pernambuco para a Copa do Mundo 2014, em São Lourenço da Mata, fazem na manhã desta quarta-feira (19), uma paralisação de advertência, por conta do não cumprimento de reivindicações antigas.
Os trabalhadores se reúnem em assembléia, a partir das 7h, na entrada das obras, na margem da BR-408. Caso não haja avanço nas negociações com a empresa, os trabalhadores prometem parar definitivamente as obras e dar entrada em greve.
“Estamos em negociação há mais de 15 dias com a Odebrecht, que confirmou na segunda-feira passada daria uma posição sobre as nossas reivindicações. Mas, hoje pela manhã, ao invés de resposta, colocaram cerca de 50 policiais militares armados coagindo os trabalhadores”, afirmou Leodelson Bastos, assessor do Sindicato dos Trabalhadores na Construção de Estradas, Pavimentação e Terraplenagem em Geral do Estado de Pernambuco (SINTEPAV-PE).
Os trabalhadores reivindicam cesta básica de R$ 200 - ao invés de R$ 80, que é praticado atualmente; hora-extra de 70% durante a semana - contra 60% atuais – e aos sábados de 100%; além de plano de saúde para a categoria.
Já a categoria de armador de andaime pleiteia, além destas reivindicações, um reajuste salarial. Como são trabalhadores de fora do estado, argumentam que a realidade salarial é outra. Eles recebem um piso de R$ 897,40, e reivindicam uma equiparação salarial com os mesmos profissionais que trabalham em Suape, que ganham cerca de R$ 1,2 mil.
Fonte: Blog da Folha de Pe
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