#FIQUELIGADO!
Jornal LogWeb
As empresas de todo o mundo vivem um
momento desafiador, cujo cenário é caracterizado pela busca por maior
competitividade, maior desenvolvimento tecnológico, maior oferta de
produtos e serviços adequados às expectativas dos clientes e maior
desenvolvimento e motivação de seu capital intelectual (recursos
humanos).
O profissional de logística precisa ter,
portanto, uma formação multidisciplinar, que inclua habilidades de
negociação, visão integrada da cadeia produtiva e uso de tecnologia de
informação, além de possuir raciocínio lógico e abstrato, boa gestão de
rede de relacionamento, conhecimento prático sobre fluxos produtivos,
fluência em diversos idiomas e espírito de equipe.
“Para superação destes desafios, algumas
empresas buscam na logística o diferencial competitivo para se manterem
no mercado, com isso planejam e coordenam suas ações gerenciais de uma
forma integrada, avaliando todo o processo desde o fornecimento da
matéria-prima até a certeza do perfeito atendimento ao cliente”, explica
Hélio Meirim, mestre em administração e Desenvolvimento Empresarial.
Então, para o sucesso destas estratégias
logísticas, o consultor julga necessário contar com profissionais
qualificados e que possuam uma formação multidisciplinar.
“Conhecimentos sólidos de administração e
uma visão sistêmica da empresa em sua cadeia produtiva são requisitos
indispensáveis para o profissional de logística”, é o que diz Adelar
Markoski, pesquisador da área de logística. Segundo ele, como o estudo e
a utilização da logística no Brasil é recente, considerando a ascensão
na última década, é comum encontrar, neste cargo, profissionais que
migraram de atividades como gerente de materiais, PCP ou chefe de
almoxarifado.
“Esta experiência é importante, mas não
suficiente. Uma visão integrada da cadeia produtiva permite entender o
fluxo de produtos/serviços, informações e recursos a montante e a
jusante, transcendendo as fronteiras da empresa. É a atividade do
profissional de logística, na concepção de logística interna, que vai
permitir a inserção de sua empresa na cadeia produtiva e,
conseqüentemente, colaborar para a criação da cadeia de valor”,
considera.
Para Markoski, a visão de que a logística
é uma importante fronteira competitiva permite que empresas agreguem
valor a seus produtos por meio de serviços, contudo, independente de
qual etapa da cadeia a empresa está situada, o conhecimento do
consumidor é decisivo em termos de competitividade. “Desta forma, cabe
ao profissional de logística dominar, também, a tecnologia disponível na
troca de informações ao longo da cadeia, para a utilização de
mecanismos como VMI, EDI, RF, ECR e WMS, entre outros disponíveis. Estes
permitem aplicar um modelo estratégico de negócios no qual
fornecedores, empresa e distribuidores agregam valor ao consumidor”,
conclui.
Na opinião do consultor de empresa,
Waldeck Lisboa Filho, já que a logística está passando, naturalmente,
para uma fase de participação total dentro de uma organização, o
profissional tem de estar integrado ao planejamento estratégico desta
organização, fazendo parte de sua criação. “Vemos cada vez mais os
resultados das técnicas operacionais e indicativos da logística
participando de uma missão, visão, objetivos, metas, análise swot [a
Swot Analysis estuda a competitividade de uma organização segundo quatro
variáveis: forças, fraquezas, oportunidades e ameaças], ou seja, tudo
que incorpora a relação da empresa com fornecedores e clientes”, afirma.
No entanto, Lisboa Filho preocupa-se com a
visão do empresário quanto à função da logística. Segundo ele, os
empresários sabem da necessidade da logística, mas ainda não valorizam o
profissional, principalmente na média e pequena empresa. Este acaba
sendo apenas um empregado interno, que tem a obrigação de receber,
armazenar e expedir mercadorias, além de fazer os devidos controles de
estoque. “Nossa esperança está num crescimento proporcional: o
empresário valorizando os processos logísticos e o profissional. E o
profissional, por sua vez, preparando-se para o mercado”, revela.
Lisboa Filho também destaca o
desnorteamento do mercado na oferta acadêmica de conceituação logística
moderna na preparação de profissionais. De acordo com ele, os
universitários perceberam a oportunidade logística no futuro, mas as
empresas ainda não assimilaram este nível de importância.
Para ele, a visão do profissional tem de
estar amplamente prolongada de acordo com o mercado, seja em estratégia
ou em qualidade de operação. “O profissional de logística precisa
conhecer todas as áreas e crescer em cada uma delas para consolidar a
sua performance na organização”, finaliza seu ponto de vista.
O bom profissional
De acordo com o consultor Leonardo
Pontual, outros pré-requisitos para a formação de um profissional de
destaque na área de logística devem ser observados. São eles:
1) Raciocínio lógico para deduzir e subtender as causas de um problema;
2) Raciocínio abstrato para compreender a complexidade das variáveis e enxergar virtualmente e antecipadamente os impactos de uma ação sobre o mercado e a operação;
3) Visão sistêmica para perceber de uma forma integrada os recursos existentes na empresa e saber desenhar e entender os processos e procedimentos;
4) Relacionamento interpessoal para conversar, motivar e influenciar pessoas;
5) Conhecimentos em marketing;
6) Pró-atividade.
2) Raciocínio abstrato para compreender a complexidade das variáveis e enxergar virtualmente e antecipadamente os impactos de uma ação sobre o mercado e a operação;
3) Visão sistêmica para perceber de uma forma integrada os recursos existentes na empresa e saber desenhar e entender os processos e procedimentos;
4) Relacionamento interpessoal para conversar, motivar e influenciar pessoas;
5) Conhecimentos em marketing;
6) Pró-atividade.
Fonte: http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/487
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