Após o governo brasileiro anunciar o
aumento da taxa de importação dos carros importados em 30 pontos
percentuais, abre-se o debate sobre a real caminho mundial da
globalização. Será que estamos globalizando ou estamos
“desglobalizando”?
Num cenário em
que a crise e os países asiáticos mudam o jogo, as nações esquecem as
negociações sobre abertura comercial e passam a defender seus mercados
contra os estrangeiros.
O que é permitido fazer:
Impor tarifas, a fim de tornar o produto estrangeiro mais caro no mercado interno.
O Que os Países já faziam:
Davam subsídios disfarçados, a fim de tornar empresas e setores selecionados mais competitivos.
Criavam cotas, mesmo que disfarçadas, para limitar o volume importado de certo produto num período de tempo.
O Que os Países passaram a fazer:
Manipulam a moeda, a fim de tornar mais barato em termos internacionais tudo o que produzem.
Erguem barreiras fitossanitárias, exigências cujo argumento é defender o meio ambiente e a saúde pública.
Instituem impostos incidentes só sobre produtos e serviços importados como o IPI.
Criam e mudam procedimentos e licenças que tornam mais trabalhoso e demorado o processo de importação.
Enquanto
defendemos o sonho, a utopia do livre comércio pregando esse princípio
como se fosse uma tendência sem volta no mundo industrializado e
globalizado, na prática o que tem ocorrido é justamente o oposto.
Governos e empresas resolvendo estas questões no âmbito político,
tentando corrigir falhas fiscais e produtivas com lobby.
Muito
mais fácil é taxar os produtos importados que julgamos como
concorrência desleal e proteger a indústria nacional do que encararmos
uma necessária reforma política e reforma tributária, diminuir a
corrupção e investir em infraestrutura e redução fiscal que tendem da
mesma forma, desonerar a indústria nacional e aumentando nossa
competividade com produtos estrangeiros.
O
livre comércio tende a pressionar os preços para baixo, pois aumenta a
concorrência, na falta do livre comércio, naturalmente os preços dos
nacionais devem subir e os investimentos em produtividade e gestão
também devem ser reduzidos em alguns setores que se sentirem acomodados
por uma proteção fiscal.
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