A antiga fábrica de tecidos Braspérola, em Camaragibe, vai se
transformar em um bairro sustentável, ainda sem nome definido. No
espaço, que pode abrigar 400 mil metros quadrados (m2) de construção,
serão erguidos um shopping, dois flats, três empresariais, universidade,
escola e pelo menos 150 mil m² de residenciais. O empreendimento deve
gerar cinco mil empregos, entre diretos e indiretos. O valor do
investimento não foi divulgado.
“O município de Camaragibe, que antes tinha tendência industrial,
passa a comercial”, explica Antônio Carrilho, um dos sócios da
Incorporadora Camaragibe, nome provisório da empresa responsável pelo
empreendimento, que une as construtoras A.B. Côrte Real, Casa Grande
Engenharia, Consulte Engenharia, Carrilho, MASF e Romarco.
Para a definição do projeto, segundo ele, foi feita uma pesquisa para
identificar as demandas de Camaragibe. Percebeu-se então que a cidade
carecia de empregabilidade e lazer. Para o empresário, a característica
de cidade-dormitório (boa parte dos moradores trabalham em cidades do
entorno) pode ser modificada com este empreendimento.
“A ideia é fazer com que as pessoas não precisem se locomover para se
abastecer de suas necessidades”, observa. Com relação à mobilidade, os
sócios explicam que o empreendimento irá se beneficiar com as obras do
binário que está sendo construído em Camaragibe como parte do sistema
viário para a Copa e serão necessárias apenas algumas intervenções.
Ponto-chave do empreendimento, a previsão da empresa é que o shopping
tenha cerca de 20 mil m², 160 pontos de venda, cerca de cinco lojas
âncoras e seis salas de cinema. Para o complexo formado entre o mall, o
polo educacional e os empresariais, serão oferecidas aproximadamente
quatro mil vagas de estacionamento. O lançamento do shopping será feito
em até 120 dias. No auge da construção do empreendimento, serão alocados
em torno de 1,2 mil funcionários.
A preocupação com a sustentabilidade é um dos diferenciais do
projeto. “Não sairá nenhum caminhão (com resíduos de demolição) daqui”,
explica Serapião Ferreira, outro sócio da incorporadora. De acordo com o
empresário, que prega que “é mais econômico ser sustentável”, todos os
resíduos de demolição serão transformados em material para a construção
do empreendimento. Depois de pronto, o shopping contará com geração de
energia por meio de painéis de energia solar. Haverá, ainda, serviços de
gestão de resíduos e reaproveitamento de água.
Com relação aos residenciais, Antônio Carrilho explica que ainda não
há definição acerca do número de torres (fala-se em 16) ou pavimentos.
Como o empreendimento pode levar até oito anos para ficar pronto, ainda
não estão definidos o número de unidades, suas dimensões ou preços. “A
valorização imobiliária está chegando muito forte. Já ouvimos falar de
casas (nas proximidades da área) que custavam R$ 60 mil e agora estão
custando R$ 300 mil. Ainda não é possível definir preço ou metragem”,
reforça. A incorporadora Camaragibe prevê que a demolição dos primeiros
galpões seja feita em junho deste ano e que até abril de 2014 sejam
entregues o shopping, os flats e, provavelmente, a parte educacional.
Fonte: Folha de PE
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