As regras para logística reversa, forma de dar descarte apropriado aos
resíduos gerados na produção, terminarão de ser estabelecidas neste ano,
segundo o MMA (Ministério do Meio Ambiente).
Donos de pequenas empresas que não quiserem ter aumento nos custos devem começar a criar estratégias.
O modo como os negócios ligados às áreas de pilhas e baterias, óleos e
lubrificantes e produtos eletroeletrônicos farão o descarte será moldado
com o governo e passará pelo crivo do ministério.
Ainda neste semestre, "regras serão estabelecidas para o descarte
correto de todo e qualquer tipo de embalagem e de medicamento", diz
Silvano Silvério da Costa, secretário de Recursos Hídricos e Ambiente
Urbano do MMA.
Sistematizar a logística reversa sai caro para pequenas empresas, diz Roque Cifu, especialista no tema da consultoria Accenture.
Uma forma de cortar custo é associar-se a cooperativas e empresas de reciclagem.
Ricardo Stem, dono do restaurante ViaSete, no Rio de Janeiro, fez parcerias.
Os 70 litros de óleo usados por mês no preparo de pratos são reservados
em um recipiente e recolhidos por um parceiro esporadicamente. "Não
gastamos nada."
A companhia que recolhe o líquido vende para uma indústria de limpeza e
cede ao restaurante sabão e detergente em troca da matéria-prima.
Stem diz ainda que fez parcerias com cooperativas para enviar papel,
papelão e garrafas. Nesse caso, diz, o restaurante arrecada R$ 3.000 por
ano. "Os recursos são destinados aos funcionários."
Nos empreendimentos da Sobloco, empresa de engenharia, os custos com
logística reversa não chegam a 1% do total de uma obra, afirma a
diretora Beatriz Almeida.
"A gente investe em treinamento de pessoal, separação de sobras, instalação de estoque e transporte", afirma.
Almeida explica que os ganhos são maiores na manutenção do cronograma da obra, que se mantém organizada e limpa.
O transporte de resíduos para locais de reciclagem é o item que mais
pesa na logística reversa, afirma Guilherme Tiezzi, professor do Insper.
"A saída é terceirizar."
A Sobloco faz parcerias. "Algumas empresas retiram a um custo menor, porque o material já está todo separado", diz Almeida.
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