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sexta-feira, 18 de março de 2011

[INFORMAÇÃO] Tragédia no Japão preocupa reposição de autopeças

A logística presente no setor de autopeças...




Quem possui um carro importado do Japão ainda não precisa se preocupar com falta de peças de reposição, mas a especulação em função da crise já chegou ao Brasil, alertou o presidente do Sindicato do Comércio de Auto Peças de Pernambuco (Sincopeças-PE), José Carlos de Santana. O mercado movimenta R$ 70 bilhões por ano no Brasil. Apesar de a maioria dos produtos virem da China, a importação brasileira de itens automotivos nipônicos já soma cerca de US$ 50 milhões este ano, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Só em caixas de marchas foram movimentados US$ 36 milhões. Mesmo com uma queda de 14% frente ao mesmo período de 2010, elas têm a segunda maior representação da lista de importações.
“Tudo o que existe até agora são rumores. Ainda não tive nenhum pedido interrompido. A linha de reposição em varejo vai sentir o impacto mais para frente. A preocupação é maior para as montadoras. Um Corolla (sedan da Toytota), por exemplo, tem 60% das peças de montagem no Brasil vindas do Japão. É claro que vai sofrer”, comentou Santana. Ele disse ter ouvido clientes que já cogitam a mudança de marca. O fabricante citado suspendeu a fabricação, no Japão, de itens exportados até o dia 21. A Honda, que produz o concorrente Civic, também paralisou as atividades. A sorte é que o País importa apenas automóveis de maior valor agregado de lá.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Autopeças (Anfape) congrega empresas que trabalham com a reposição de peças de carroceria, trocadas, geralmente, em decorrência de colisões. Para a instituição, os brasileiros já sofrem com o desabastecimento mesmo sem que a crise japonesa seja levada em consideração. Em pesquisa realizada junto a 534 consumidores, foi constatado que 51% deles tiveram problemas para repor algum item.
“De um ou dois anos para cá chegamos à situação mais crítica de todos os tempos. A razão lógica é que a produção e venda de carros bate um recorde de vendas atrás do outro. A prioridade é a fabricação do automóvel e, como os investimentos dos fornecedores não ocorrem na mesma velocidade do aumento de demanda, o setor de autopeças fica penalizado”, avaliou o presidente da Anfape, Renato Fonseca. São aproximadamente 500 indústrias de reposição no Brasil e o Nordeste representa em torno de 18% do faturamento do segmento.

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